Segundo a Serasa Experian, as vendas na semana anterior ao Dia das Crianças deste ano tiveram uma alta de 6,4% em relação ao ano passado. Com isso, o feriado teve o melhor desempenho dos últimos 9 anos. Em 2012, o aumento das vendas foi de 7,7%.
As lojas físicas lideraram as vendas, no entanto, ainda assim, muitas pessoas optaram por comprar presentes pela internet. No geral, a expectativa é que a movimentação tenha ultrapassado a casa dos R$ 400 milhões.
Vale ressaltar que as lojas especializadas em produtos infantis ainda não fecharam o balanço final sobre o Dia das Crianças. No entanto, devido à grande movimentação, certamente o saldo foi bastante positivo.
Neste artigo, vamos apresentar um balanço geral do feriado de acordo com as projeções, pois os dados oficiais ainda não foram oficialmente divulgados. Acompanhe a leitura!
Serasa Experian
Com base somente nos dados da capital de São Paulo, de acordo com a Serasa Experian, uma semana antes do Dia das Crianças a alta nas vendas foi de 5,5% em comparação a 2021.
Alshop
De acordo com a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), o Dia das Crianças deve ter movimentado cerca de R$ 14 bilhões, o que provavelmente resultará em um aumento de aproximadamente R$ 2,7 bilhões, ou alta de 24,5%, em comparação ao ano passado.
A Alshop chegou a esses números graças a uma sondagem feita com os lojistas associados, responsáveis por mais de 1.200 pontos de vendas que interferem diretamente na expectativa de venda criada pela data.
Ainda segundo a associação, cerca de 73 milhões de consumidores foram às compras na semana do Dia das Crianças, movimentando bastante não apenas os shoppings, mas também a internet e o comércio de rua.
Para a Alshop, o Dia das Crianças serviu como um termômetro para duas datas importantes que vêm por aí: a Black Friday e o Natal.
Segundo o diretor institucional da instituição, Luís Augusto Ildefonso, tudo leva a crer que o comércio voltará ao nível de 2019, talvez com algum crescimento, ainda que não seja muito relevante.
CNDL, NielsenlQEbit e ACSP
De acordo com as informações levantadas pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), a maioria dos consumidores (79%) deve ter pagado os produtos que compraram no Dia das Crianças à vista, enquanto que o restante deve ter parcelado.
As projeções para as vendas no Dia das Crianças costumam variar de acordo com a pesquisa. No cálculo da NielsenlQEbit, por exemplo, 34% dos consumidores (segundo intenções) devem ter comprado no e-commerce, o que representa um aumento de quatro pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado.
Esse levantamento mostra, também, que o aporte dos consumidores deve ficar entre R$ 51 e R$ 250 para compra de itens para os pequenos.
Já a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) estimou que o aumento das vendas deve ter sido superior a 5% este ano.
O que motivou esses números?
Segundo o economista Luiz Rabi, “o desempenho do varejo na data é fruto de uma conjuntura econômica positiva”.
“O recuo da inflação, principalmente sobre os preços dos combustíveis e da energia elétrica, trouxe uma redução de custos capaz de incentivar o consumo. Dessa forma, o comércio físico deve se fortalecer mais nos próximos meses contando, inclusive, com o período sequencial de datas comemorativas que se aproxima junto ao final do ano”, disse ele.
Para 2022, o tíquete médio, de acordo com as pesquisas, deve ter ficado em torno de R$ 240, o que representa um aumento de R$ 42 em relação ao ano anterior.
Nos levantamentos, em torno de 29% dos consumidores devem ter gastado mais este ano do que gastaram em 2021.